terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Amplificador Gradiente A1 finalizado

Depois do último post meu A1 estava prontinho para ser fechado e levado para a sala de audição e fazer companhia para o P1.





Fiz uma pausa para um café, o cítrico da Unique (lá de Carmo de Minas -MG), e resolvi aproveitar os furos que algum dos donos anteriores havia feito no painel traseiro para conectar as caixas acústicas com jaques P-10. Eram 8 furos de 10mm. Fica mais fácil a manutenção do sistema de PA, apesar da mutilação no painel traseiro que fica não visível a maior parte do tempo.

Para melhorar a estética geral, fechei 6 furos com parafusos M9 Philips cabeça redonda x 10mm de rosca e arruela, porca mais contra-porca. Dois dos furos deixei para ligar um P-10 estéreo em paralelo com as entradas RCA, caso precise da conexão em algum momento e o furo restante serviu para a colocação de um P-10 para uma conexão de Headphones.
Os valores indicados dos resistores de atenuação são de 330 Ohm para fones de baixa impedância eletrodinâmicos. Caso use fones de impedância maior, talvez seja necessário aumentar os valores para 560 ou mesmo 1k Ohm, dependendo do caso. Fiquem atentos para não danificar o headphone.


Mais abaixo mostro as modificações citadas acima e mais uma que fiz na fonte para dobrar o valor da capacitância original de 10.000uF. Além do aumento dos "reservoirs caps", que melhoram o headroom para as passagem dos graves mais profundos presentes em música de órgão, por exemplo, coloquei dois capacitores de poliéster metalizado de 220nF x 400v na saída do +Vcc e do -Vcc para reduzir eventuais ruídos de HF provenientes da fonte . Coloquei também quatro capacitores cerâmicos de 10kpF (10nF) 600v em paralelo com cada terminal da ponte retificadora da fonte com o objetivvo de reduzir o ruído térmico de chaveamento da barreira de potencial da junção dos diodos.

Lembrando que todos esses MODs são para um canal e devem ser replicados para o outro. 









Gostaria de comentar um assunto que divide os entusiastas de equipamentos antigos e colecionadores de quase todas as áreas.
Durante uma restauração o que fazer? Restauramos tudo e deixamos o equipamento como novo ou  deixamos o equipamento funcional mas com a sua real aparência ditada pelos anos de uso?


Já fiz das duas maneiras e tenho que admitir que deixar as marcas do tempo e do uso tem o seu charme.
Quando olhamos para um equipamento assim, sempre nos remetemos à tudo pelo que ele passou ao longo dos anos. É possível sentir toda a carga emocional e cada uma de suas cicatrizes têm a sua história. 
Quantas mãos tocaram em seus controles. Quantas histórias o equipamento não teria a nos contar se fosse possível que falasse.
Por este e por muitos outros motivos é que eu, quando restauro um equipamento de uso pessoal, deixo-o mais parecido possível ao estado em que me chegou em mãos. Corrijo o que compromete o funcionamento geral, reformo os circuitos internos, mas deixo as marcas de tudo o que foi atualizado, visível e facilmente identificável. Parafusos novos de cor diferente, trincas preencidas com filler na cor natural etc.

Riscos em displays faço o polimento. Marcações e indicações que causem dificuldades de operação são refeitas. Ferrugem é neutralizada com Ferrox e envernizada. Madeiramento corroído é preenchido e finalizado, fiação comprometida é trocada e demais componentes que possam apresentar riscos de curto-circuito ou mau-funcionamento são substituídos e é só. Eventualmente faço alguma melhoria porém mantenho os esquemas atualizados e posso reverter a qualquer tempo para o original, ou se me desfizer do equipamento, o novo dono pode restauras as funcionalidades sem muito esforço.

Assim o A1 foi restaurado e, na medida do possível, melhorado.


Luciano Peccerini Junior

4 comentários:

  1. Olá uma dúvida, na fonte você adicionou mais capacitores... no final ficou com quanto ?
    Abs

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    1. Coloquei 20.000uF (2 x 10.000uF x 68V) em cada linha da alimentação. Dois no positivo e mais dois no negativo. Veja no desenho a placa extra em azul claro. C7, C8, C9 e C10.

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